quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Linguística Histórica

O que a Linguística Histórica estuda e tenta explicar são as mudanças e o processo evolutivo da Língua, na sua forma léxica e gramatical; não somente de uma língua, mas de várias, relacionando as mudanças sociais no contexto linguístico de seus falantes.
Segundo Darwin, a língua possuía relação com a biologia; buscava-se semelhanças com outras línguas para poder definir as mudanças históricas, gramaticais, sonoras e léxicas, tendo assim a ideia de que havia uma língua semelhante em um passado remoto.
Com a descoberta da antiga língua clássica da Índia, o Sânscrito (Indo-Europeia), foi dado início a orientação comparativista, que buscava semelhança parental com as línguas da Ásia e Europa.
Para a concepção da Linguística Histórica tradicional, é central a evidência de que as línguas mudam. Pois testemunhamos diferenças entre etapas cronológicas que se sucedem, a diferença entre as etapas só pode ser conceituada como desenvolvimento ou evolução. Entretanto, a perspectiva estruturalista de sistema rejeita a noção de que cada sistema tem sua própria lógica, independente da lógica do sistema que o precede cronologicamente. Assim, fundou-se um objeto língua que não muda naquele sentido, pois é um objeto que só tem sentido analítico na estaticidade. 

A rejeição da perspectiva estruturalista, nos meados do século XX, remeterá por sua vez a outros deslocamentos do foco de análise. A mudança linguística pode ser uma noção desafiadora a depender da concepção de linguagem. O objeto da linguística para o gerativismo não está na estrutura, mas na possibilidade de se gerarem as estruturas, ou seja, a gramática. As gramáticas particulares não são transmitidas, e nem devem ser confundidas com o conjunto das estruturas. Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “você”, que antes era “vosmecê” e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas “vc”. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de “pharmácia”, agora, "farmácia". Assim podendo concluir, a Linguística Histórica, constitui um complemento imprescindível para que essa ciência seja completa, pois interpreta e explica os fatos que a primeira colige. A Linguística Histórica esteve no passado e tem hoje uma função importante no estudo desse rico patrimônio cultural e humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário