Segundo Maria
Clara Paixão de Sousa, professora da Universidade de São Paulo, há uma diferença entre os
conceitos de diacronia e
de história.
De partida, é
importante entender que ao longo dos 1900, nem todo estudo dito histórico
será, necessariamente, histórico. Muitos serão
simplesmente estudos linguísticos que
tomam em conta o decorrer do tempo,
ou seja, que abordam fatos de língua abstratos
em uma sequência cronológica.
Para explorar a
distinção entre história e diacronia,
é necessário voltar à metáfora do xadrez de
Saussure: essa partida é construída na forma de um evento fundamentalmente abstrato.
É, portanto,
importante distinguir a cisão sincronia-diacronia da
diferença entre a perspectiva histórica
e a perspectiva não-histórica (ou
a-histórica) dos fenômenos de língua. A cisão sincronia/diacronia remete à inclusão ou
exclusão da dinâmica temporal-cronológica
em nossa perspectiva dos eventos – e pode muito bem estar ligada a uma
concepção desses eventos como abstratos, ou suspensos no tempo
histórico. A
separação entre a perspectiva histórica e a perspectiva não-histórica não remete necessariamente ao problema da dinâmica da diacronia – mas sim, fundamentalmente, à concepção da língua como um objeto teórico historicamente contextualizado ou como um objeto teórico sem dimensão histórica.
A seguir, uma análise, feita por Maria Clara, para melhor compreensão dessa diferença entre "Diacronia" e "História":
A seguir, uma análise, feita por Maria Clara, para melhor compreensão dessa diferença entre "Diacronia" e "História":
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